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As pessoas podem ser iniciadas no socialismo como em uma Ordem de magia. Esta iniciação  tem como conseqüência o surgimento de furúnculos na perna direita, logo abaixo das nádegas. Há uma ilha na dimensão espiritual, onde os iniciados chegam em canoas guiadas por quem os convidou a participar da Revolução. Nesta ilha os recém-iniciados acampam na praia, e depois se aventuram ao interior. A fumaça-preta, que é um demônio, percorre a ilha como aparece na série Lost.

Se esta ilha for destruída, o processo revolucionário que está ligado a ela também é destruído. Uma forma de destruir a ilha é exorcizar a fumaça-preta. Mas isto não acabaria com o socialismo no mundo, porque não existe somente uma ilha mas, provavelmente, cada país tem a sua. Apenas obrigaria a Revolução a recomeçar do zero naquele local. O socialismo só acaba com a destruição do seu objeto original (veja aqui).


A série Lost

A série Lost é uma versão romanceada desta ilha socialista, em que as iniciativas revolucionárias no mundo são colocadas na Iniciativa Dharma. Além disto, mistura-se uma mística própria da Ordem Rosacruz, porque esta Ordem participa ativamente da Revolução.

Logo no primeiro episódio vê-se a contagem de um até cinco. Cinco é um número significativo para a Revolução. Depois, ao mostrar o jogo de gamão chama-se a atenção para o contraste: um claro, outro escuro. E a série segue com as cores da Revolução nas blusas e camisas usadas pelos atores, primeiro em tons pastéis, depois com algumas cores em tons mais fortes. As cores são importantes para a Revolução, pois são usadas para influenciar as pessoas.

Há várias técnicas de filmagem que ajudam na predisposição mental: balançar a câmera, girar em torno de uma pessoa, os personagens correm freqüentemente.

Nas primeiras temporadas pode-se ver muitas referências à magia negra:  os protagonistas aparecem sujos, eles se agarram a raízes ao escalar, o personagem Eko é um falso padre deturpando os ensinamentos bíblicos e, principalmente, o crime que acontece dentro da igreja. Começa-se a construir uma igreja apenas para abandoná-la, e é justamente aí que Locke faz uma viagem psicodélica. Há várias cenas em que se foca a mão ensanguentada dos protagonistas. As estações Médica, Cisne e Pérola ficam no subterrâneo. Tanto Eko quanto John Locke, aparecem vestindo camisas encharcadas de sangue. Além disso, o bastão de Eko está grafado com um versículo bíblico, mas sujo de sangue. Também há o lema: “Não me diga o que eu não posso fazer”. E a saída da ilha fica nas profundezas.

Na Iniciativa Dharma é possível ver algumas atividades da Revolução no mundo: pessoas são tratadas como cobaias,  há estudo da paranormalidade, pesquisas científicas inúteis, desenvolvimento de técnicas para mensagens subliminares. É prática dos seus habitantes  manipularem uns aos outros, mentindo sempre. Burrhus Frederic Skinner é citado como pioneiro, e as jaulas para ursos polares são usadas para replicar sua famosa pesquisa “como-manipular-um-rato-a-apertar-um-botão-vermelho-para-você”.  As pessoas recebem a profissão que a administração decide. A vontade do líder conduz suas vidas. E há um clube do livro. No episódio 5x10 (27:32) podemos ver como é um Tribunal Revolucionário.

É importante frisar que o estudo científico da magia, que é um hábito comum no socialismo, condena ao inferno.

A questão do pai dos protagonistas chama a atenção. Segue o método socialista de associar o pai a alguém criminoso, espancador, negligente ou ausente. Veja:

Jack: está em constante conflito com o pai.
Sawyer: o pai matou a mãe e então se matou.
Kate: matou o próprio pai porque este era um bêbado que espancava a mãe.
John: o pai o abandonou e é um criminoso que aparece apenas para traí-lo.
Hurley: o pai o abandonou quando criança.
Sun: vive em conflito com o pai.
Jin: tem vergonha do pai.
Claire: o pai só a conhece quando adulta.
Aaron: foi abandonado pelo pai.
Ben: tinha uma relação de ódio com o pai, por isto o matou.

À ideologia socialista acrescenta-se a mística da Ordem Rosacruz, vista em diversos símbolos: os hieróglifos, a esfinge, a pirâmide, a estátua gigantesca. E também em crenças como o destino.

Na temporada em que começam as viagens no tempo, a mistura entre socialismo e ordem rosacruz, tornam a interpretação do seriado um tanto confusa. Na magia, viajar no tempo e mudar a história são coisas possíveis. Mas, na prática, mudar a história raramente funciona. Isto porque a cada evento alterado, muitos outros eventos mudarão, em um resultado imprevisível. E, tanto o carma quanto a data da morte, são indiferentes à mudança da história. Isto é, se você impedir uma pessoa de sofrer um acidente, ela sofrerá outro pouco tempo depois, pois o acidente é determinado pelo carma dela.   E se você impedir uma pessoa de morrer, ela morrerá por outro motivo, no mesmo dia, pois aquela é a data de sua morte. Portanto, não há nenhum destino.

Mas, no socialismo, mudar a história significa outra coisa. Eles pretendem deixar as pessoas desnorteadas a partir da mudança do passado. Para isto eles simplesmente reinventam a história. São conhecidas as alterações, em fotos oficiais, feitas pela Rússia. A Alemanha nazista inventou uns povos do norte, do qual os germânicos descenderiam. E o Brasil colocou os guaranis na nossa história quando, na verdade, eles foram expulsos do território brasileiro pelo índios tupis devido às suas práticas demoníacas (visíveis no fato deles manterem os rostos pintados). Há também a descoberta de novos sítios arqueológicos para recriar a história.

No episódio 6x09 (35:00), Jacob explica: -Pense nesse vinho como o que fica chamando de inferno. Há muitos nomes para ele também. Maldade. Mal. Escuridão. E aqui está, girando na garrafa, incapaz de sair. Se ele saísse, se espalharia. A rolha é esta ilha. É a única coisa mantendo a escuridão em seu lugar.

É claro que esta explicação é uma grande besteira. É um grande  equívoco da Rosacruz achar que o inferno precisa ser controlado. A Rosacruz de fato cria um local em um lugar isolado, com a finalidade de “tampar” o inferno. Mas não é uma ilha, e nada tem a ver com o socialismo.

No episódio 6x15 (12:23) vê-se uma caverna brilhante que significa, na verdade, um portal para o inferno.

No mesmo episódio (32:27) Jacob bebe a água e torna-se igual à mãe. Isto mostra um ritual de iniciação, a pessoa iniciada recebe a capacidade e o conhecimento de magia por transmissão direta.

No último episódio (6x18) a série retorna ao socialismo. Na falsa igreja em que eles se encontram (39:55) é possível ver símbolos das mais diferentes religiões, em um estilo nova era ou multicultural: a estrela de Davi, a cruz, o yin-yang, a roda budista, o castiçal dos sete dias, etc... Pode-se entender que o encontro acontece no inferno quando o Christian abre a porta para sair da igreja.

 



OS SUPER-HERÓIS:

    Nos desenhos animados há muitos super-heróis, cada um com o seu poder, dedicando-se a “salvar a humanidade”. No socialismo era esperado que os seus iniciados recebessem algum poder específico. Mas eles recebem apenas um poder e é pequeno. Por exemplo, o homem-tocha é apenas o poder de acender uma chama em seu polegar da mão.

   A exceção, o super-homem:
   O super-homem nada tem a ver com o socialismo, ele foi criado como propaganda da maçonaria. Seus poderes são magias que um maçom é capaz de fazer: supervelocidade, visão laser, visão de raio-x (está mais para ressonância magnética), super-força (na verdade, tira-se o peso do objeto), etc... Mas é claro que suas estórias já não tem nada a ver com maçonaria.

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