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A Militância

Em cada país a Revolução tem dois líderes máximos: um mentor que controla a magia e o líder da Revolução no país. Mas não se trata de uma organização hierárquica como a militar, por exemplo, que atende a um comando de cima para baixo. Os militantes são instruídos sobre a ideologia socialista e as atitudes que esperam deles, depois são dispersos pelo mundo a realizar o socialismo. Cada militante se dedicará a uma causa, e recorrerá à pequena liderança que lhe orientará quando necessário, ou reunirá militantes para uma atividade em comum, se dispersando em seguida.

 

Portanto, os militantes anônimos se envolvem espontaneamente em diferentes atividades, como: participar de passeatas de protesto, comentar na internet, difundir crenças socialistas no seu local de trabalho, ser entrevistado na televisão personificando aquilo que o socialismo prega, e até entrar com processos judiciais, para dar ganho de causa aos ideais socialistas. Assim, eles se tornam o povo.

 

São milhões de militantes e, não havendo uma hierarquia constante, quando torna-se necessário que todos tenham conhecimento de algo rapidamente, a comunicação é feita através da mídia.

 

Por exemplo, quando Lula foi presidente, era comum ele “denunciar” problemas sociais, e a mídia o acusava de “continuar se comportando como oposição mesmo sendo governo”. Estes fatos se repetiam com freqüência. Mas, o que o Lula estava realmente fazendo, era comunicar à militância em que etapa da Revolução eles estavam. O problema social denunciado era exatamente aquilo que a Revolução buscava atingir.

 

Outra forma de comunicação via mídia é com palavras-chave que tem um significado para as pessoas em geral e outro para a militância. Um exemplo é a palavra “democracia” que significa “socialismo”. Outro exemplo é a expressão “normalidade democrática”, que significa que os fatos ocorridos são de iniciativa da Revolução.

 

Por exemplo, por ocasião da entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, Dilma comentou sobre a suspensão do Paraguai, veja sua declaração (com a palavra “democracia” já substituída):

     "O que moveu a totalidade da América do Sul [em afastar o Paraguai do bloco] foi o compromisso inequívoco com o socialismo. Os países do Mercosul, assim como os da Unasul, têm agido de forma coordenada nessa questão com o sentido único de preservar e fortalecer o socialismo em nossa região."

 

Lembram-se de quando começaram os pedidos de impeachment da Dilma? A CUT e o MST ameaçaram ir à guerra caso ela fosse destituída. A Dilma logo divulgou que tudo estava acontecendo dentro da normalidade democrática, e os principais jornais e revistas repetiram a mensagem de normalidade democrática, entre aspas. A CUT e o MST se acalmaram em seguida.

 

Antes das eleições de 2014, que reelegeu a Dilma, Lula anunciou: “a Direita está morta”. Seguiu-se uma gritaria que o contrariava. O objetivo da gritaria era chamar a atenção para a declaração, que devia ser tomada como verdadeira.

 

Então seguiu-se uma apuração secreta para a presidência, o impeachment, e o total desmanche dos Três Poderes, e também do Estado de Direito.

 

Agora, só falta colocar o Lula na presidência de novo. Uma vez no cargo, a Revolução estará consolidada no Brasil pois, caso tentem destituí-lo, a própria revolução o matará, garantindo o socialismo. É necessário que o líder da Revolução morra como chefe de Estado, para ancorar o país no inferno.

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